IA vira estrutura fixa nas empresas brasileiras

Um novo estudo feito para o Google Cloud revela que 62% das empresas brasileiras já utilizam agentes de inteligência artificial para executar tarefas de forma autônoma, como atendimento ao cliente, produção de conteúdo e análise de dados.

O dado mais impressionante está no retorno: 93% das empresas que adotaram a tecnologia primeiro já enxergam ganhos concretos, com aumento de até 10% na receita anual. Outro destaque é o orçamento: 60% das companhias já criaram verbas exclusivas para IA generativa, sinalizando que a tecnologia deixou de ser um experimento e passou a integrar a espinha dorsal do planejamento estratégico.

A adoção cresce especialmente em áreas como produtividade, vendas, suporte e segurança digital, consolidando os agentes de IA como pilares das operações modernas.

Porém o cenário não é unânime.

Um estudo do MIT revela que cerca de 95% dos projetos-piloto de IA generativa não têm impacto mensurável sobre lucro ou prejuízo (P&L). A principal causa? A dificuldade de integrar esses sistemas aos fluxos de trabalho reais das empresas. Ou seja, apesar do entusiasmo e dos investimentos, muitos projetos ainda esbarram em gargalos operacionais, desalinhamento estratégico ou falta de maturidade organizacional.

A mensagem é clara: a IA já entrega valor, mas só onde há clareza de propósito, infraestrutura adequada e disposição para adaptar processos.

Suíça lança modelo aberto de IA

A Suíça apresentou o Apertus, um modelo de linguagem completamente aberto, com código, dados e pesos disponíveis para uso livre. O desempenho é comparável ao Llama 3, da Meta.

O objetivo não é competir com big techs, mas oferecer uma IA transparente, segura e soberana para empresas, pesquisadores e governos europeus.

Startups e instituições já testam o Apertus em áreas como saúde, educação e clima, com a vantagem de rodar o modelo em servidores próprios e manter controle total sobre os dados.

O setor bancário vê com bons olhos. A associação dos bancos suíços aposta na proposta como alternativa segura às soluções americanas, embora instituições como o UBS ainda usem IA da OpenAI e Microsoft.

A abertura do Apertus também impulsiona novas oportunidades de carreira.

Com o avanço dos modelos open source, cresce a demanda por engenheiros de IA, especialistas em dados, segurança e infraestrutura local. Profissionais com domínio técnico e interesse em IA soberana podem atuar em projetos estratégicos por toda a Europa e além.

O Brasil também está nesse jogo.
Com o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), lançado em 2024, o país pretende desenvolver seus próprios modelos, com foco em infraestrutura nacional, ética algorítmica e autonomia tecnológica. O investimento previsto: R$ 23 bilhões até 2028.

O Fisco entra na era da blockchain

Governos do mundo todo enfrentam um novo desafio: como tributar de forma justa e eficaz um ecossistema descentralizado como o das criptomoedas.

A complexidade das redes blockchain, NFTs e plataformas DeFi dificulta o rastreamento e a classificação fiscal. A resposta pode estar na criação de uma infraestrutura digital pública global, capaz de operar em tempo real e dar suporte à fiscalização sem travar a inovação.

Essa rede serviria para rastrear transações, evitar dupla tributação e oferecer contexto legal com segurança. Mas também exige um movimento paralelo: formar especialistas tributários com conhecimento técnico em blockchain, especialmente em países em desenvolvimento.

Essa foi a FlowLetter da semana, até a próxima!

Abaixo você confere os principais destaques e novidades da FlowCode, ferramentas em destaque, cases e tutoriais que podem acelerar sua operação.

Um bom fluxo pode mudar tudo. E o futuro agradece.

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